Tratamento pioneiro com células-tronco para artrose no joelho

04 junho 2013

Uma técnica pioneira para o tratamento da artrose no joelho, que injeta células-tronco retiradas do próprio corpo do paciente e cultivadas em laboratório, está sendo testada por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

Os três primeiros pacientes que participaram da pesquisa já completaram seis meses com a aplicação das células-tronco. “Houve uma melhora de 85% na dor em relação ao pré-operatório”, afirma Alcy Vilas Boas, ortopedista do Hospital Marcelino Champagnat e integrante do grupo de pesquisadores.

A técnica que está sendo desenvolvida utiliza células-tronco de melhor qualidade e em maior número, de forma que o tratamento tem potencial para apresentar um resultado também melhor.

TRATAMENTOS EXISTENTES

Hoje, o tratamento mais utilizado para a artrose de joelho é a colocação de prótese. Há também a cirurgia de microfratura, que consiste na criação de pequenos buracos no osso próximo à cartilagem danificada, a fim de liberar as células-tronco presentes na medula óssea, para que elas promovam a regeneração da cartilagem. Esse tratamento, porém, é mais indicado para lesões menores na cartilagem, pois o número de células-tronco liberadas é pequeno.

Para os pesquisadores, o uso dessa nova técnica pode postergar ou até evitar o uso de próteses no joelho, tratamento mais comum para a doença.

O TESTE

O procedimento criado pelos pesquisadores brasileiros está passando pelo primeiro teste clínico e já foi aplicado em seis de dez pacientes que devem participar do teste. Todos que receberem o tratamento serão acompanhados por um ano. Após esse período, os dados serão analisados e os trabalhos publicados serão submetidos ao Conselho Federal de Medicina (CFM), que determinará se o tratamento será aprovado para uso clínico.

A artrose é uma doença degenerativa que atinge as articulações, provocando lesão ou desgaste da cartilagem. Ela pode ocorrer em decorrência de trauma ou pelo envelhecimento, geralmente a principal causa: estima-se que a doença afete 70% da população com mais de 60 anos.

Fonte: Blog da Saúde