Cigarro eletrônico prejudica células-tronco

07 agosto 2019

O cigarro eletrônico é visto por muitos fumantes como uma opção mais “saudável” para o vício em nicotina.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia provaram que ele não é tão inofensivo assim. Publicado na revista iScience, o estudo analisou uma das principais marcas de cigarro eletrônico, a Vuse.

Os pesquisadores identificaram que o uso pode estressar células-tronco neurais cruciais para o cérebro, acelerando o envelhecimento e causando doenças neurodegenerativas.

COMO O CIGARRO ELETRÔNICO PREJUDICA AS CÉLULAS-TRONCO

Para a nicotina ser consumida pelo organismo, o cigarro eletrônico utiliza o calor para transformá-la em aerossóis. 

Os pesquisadores utilizaram camundongos para os testes. E identificaram nas células-tronco neurais um mecanismo oculto induzido pelo cigarro eletrônico, conhecido como Hiperfusão Mitocondrial Induzida por Estresse (SIMH).

A exposição das células-tronco a líquidos eletrônicos, aerossóis ou nicotina presentes no cigarro eletrônico produz uma resposta de sobrevivência, que é a SIMH.

Os receptores especiais da membrana das células-tronco neurais são inundados pelos altos níveis de nicotina no cigarro eletrônico. A nicotina se liga aos receptores, fazendo com que se abram. 

Com isso, cálcio e outros íons começam a entrar nas células, provocando uma sobrecarga de cálcio. E o problema é que cálcio em excesso na mitocôndria é prejudicial. Ele provoca o inchaço das organelas, mudando sua morfologia e funções. Elas podem inclusive se romper, liberando moléculas que levam a célula à morte.

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